domingo, 21 de fevereiro de 2010

HSBC International Financial Literacy Grant

 

             O projeto Clube de Trocas do time SIFE UFC Cariri foi selecionado num universo de 390 outros projetos de mais de 30 paises para receber o patrocínio do Banco HSBC através do HSBC International Financial Literacy Grant.
            O projeto que se propõe a fomentar entre os estudantes e a comunidade, a importância dos conhecimentos financeiros, partindo da abordagem da própria relevância da moeda para o desenvolvimento socioeconômico da Região do Cariri. A intenção é complementar de certa maneira a formação dos alunos de graduação e pessoas da comunidade, demonstrando através de conceitos e práticas como o da moeda social, que podem existir diferentes formas de utilização da linguagem financeira.
O Clube de Trocas se trata especificamente da união voluntária de cidadãos que podem ser retratados também pelos estudantes de graduação, que estabelecem um intercâmbio de favores, executando a troca de produtos e serviços multilaterais, fazendo uso de uma moeda local ou social autogerida. Por se tratar de um empreendimento altogestionário de economia solidária, permite que muitas atividades sejam realizadas na prática, permitindo que as pessoas possam exercitar suas habilidade, compartilhar conhecimentos e experiências, aprimorando suas potencialidades e fazendo uso na prática dos conceitos e ensinamentos sobre educação financeira.
Vai além da procura da solução financeira, mas também promover a inclusão social, explorando e demonstrando o valor da economia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Caatinga na era do crédito de carbono

 

   O mercado de crédito de carbono, que negocia a redução de gases do efeito estufa na atmosfera, chegou ao Semiárido. No lugar de caatinga, cerâmica do Sertão usa lenha de manejo florestal, bagaço de cana, casca de babaçu, pó de serra e restos de poda de árvores para cozer telhas e tijolos. A substituição permitiu a venda, este ano, de 114 mil créditos ao Banco Mundial (Bird). Cada crédito equivale a uma tonelada de carbono que teve emissão evitada. O negócio rendeu à Cerâmica Gomes de Matos, no Crato (CE), US$ 684 mil. Por enquanto a negociação é feita no mercado paralelo. Também chamado de carbono social ou mercado voluntário de carbono, não atende todos os pré-requisitos do Protocolo de Kyoto, mas é reconhecido pela ONU. No paralelo um crédito custa US$ 6. Antes de entrar no mercado de carbono, a cerâmica aquecia fornos com lenha de desmatamento da caatinga, coque de petróleo e óleo BPF.Passamos a usar lenha de plano de manejo florestal e incorporamos outros tipos de biomassa, todos renováveis.Para o industrial, a busca pela eficiência energética mostrou que conservação ambiental é compatível com desenvolvimento.Ou seja, proteger o meio ambiente dá dinheiro, pois se compra conta um metro de lenha por R$ 28. O metro de qual se  fala é o estéreo. Equivalente a um metro cúbico não compacto de lenha, a unidade de medida leva em conta espaços vazios entre toras.
   No  ano de 2008 a empresa resolveu triturar torrões de argila no lugar de molhá-los por dois dias seguidos até que amolecessem o suficiente para moldar-se à forma de tijolos e telhas. O bombeamento da água correspondia ao maior consumo de eletricidade da fábrica; Agora os torrões passam por triturador projetado com dicas do empresário e movido a pó de serra. A medida resultou na redução à metade no valor da conta da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Já por queimar restos de poda, os irmãos Gomes de Matos vendem créditos não de carbono, mas de metano. É que os troncos das árvores cortadas pela prefeitura do Crato antes apodreciam no lixão da cidade, no Cariri cearense, gerando gás metano. O crédito de metano é ainda mais valorizado. Uma tonelada é vendida a R$20. As operações de carbono da cerâmica cearense são feitas pela consultoria Carbono Social, de São Paulo.
   A consultora Sílvia Cruz explica que o crédito no mercado voluntário custa menos, mas o processo anda mais rápido. O valor de um crédito em projetos aprovados pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que no Brasil é regulado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia alcança o dobro.

Fonte: http://www.yousol.com/j